sábado, 28 de setembro de 2019

Bocetas Viajantes

 Irlanda, Acapulco, Grécia não, mas vários outros lugares prostituta foi levada, tudo pago com o meu dinheiro. Eu não consigo ver graça nisso. Me dá ódio. Eu já tive a oportunidade de virar uma viajante bucetal, mas preferi não me envolver com esse tipo de atividade ilícita e profundamente humilhante, ao meu olhar. Não sou obrigada a compartilhar fluídos corporais apenas para ter um passaporte carimbado. Acho escroto.
 Gostaria de saber quem inventou essa moda de buceta viajante, não a dinheiro que pague a boceta porquê? Porque é necessário fingir orgasmos para ter dias de prazer em outros países e outras culturas? Que babaquice é essa? Quem organizou essa palhaçada? Eu quero saber?! Não sei. Quero se Presidente do País, e quero meu jato particular, com o Santos Dumont como piloto desta merda.
 Não dou bucetinha em troca de milhas:
 1. Buceta seca: Classe Baixa
 2. Buceta Medianamente molhada: Classe Média Baixa
 3. Buceta Molhadassa: VIP

sábado, 14 de setembro de 2019

A Capitu é Uma Criança Assombrada desde Sempre

 Tá, eu vou ajoelhar e rezar o padre nosso antes de começar, pega na minha mão esquerda, e aprende comigo a ter o "corpo fechado". Coisa que tiraram de você. Quando eu morava no condomínio morei lá dos 6 aos 12 e convivia com as crianças Aohna e Hagrid. Nós andávamos por todo o condomínio sozinhos de noite, lá dentro tem quadras de todo tipo, quadra de tênis, de futebol, gramadas com piso, enfim. Andávamos com os cães, porque era divertido e porque o Hagrid e a Aohna ganhava dinheiro com isso. Eu e meu irmãozinho Alfred apenas acompanhávamos os irmãos Weasley. Depois de andar bastante, nos sentamos na quadra mais alta do condomínio que tem a vista mais alta para o céu, e para o lago que tem dentro do condomínio.
 Quando o querido Hagrid que tinha uma mania irritante de ser bastante deslumbrado com coisas simples, olhou para o céu, viu um ponto vermelho se mexendo e encasquetou que era um Ovni. Ele fez tanto alarde que a gente começou a acreditar que fosse mesmo um Ovni, ou pode ser que era porque não se movia como um balão meteorológico. Ia para cima, para baixo, para os lados. Hagrid falou tanto e com tanto entusiasmo que fez todos nós ficarmos apavorados. Lembro de descermos correndo, para casa, com medo de ETs. Coisa que quando ele começou a apontar nem demos tanta importância. Hoje eu acho engraçado,mas lá deu medo Talvez meu amigo Hagrid também fosse ator, ele convenceu todo mundo.
 Aohna era uma das mocinhas que as vezes do nada resolvia me provocar, estava eu na puberdade, e meus seiozinhos de leite estavam em protuberância. Estava com uma blusa que transparecia isso. E ela resolveu tirar sarro desse meu momento de crescimento pessoal e sexual como um ser humano normal. Fiquei com muito ódio dela, mas não respondi as ofensas, segui a vida como sempre tentando ver as coisas mais coloridas, sabe. Quem também precisa ver as coisas assim?. Mas deixa eu contar o dia que me senti vingada dela. Morávamos numa casa pequena, estava Alfred, Capitu e mamãe Carolina. Papai trabalhava como sempre. Quando Aohna veio correndo, com o rosto todo vermelho, com uma expressão de terror, que até hoje eu me lembro. Foi a expressão dela que fez eu perceber que era real. Aohna confiava na minha mãe mais do que eu:
 Aohna: Dona Carolina, (ela tava com o cabelo todo molhado, e com uma roupa toda estranha) você não vai acreditar...
 Minha mãe pela expressão dela pensou o pior, e começou a berrar de um jeito que me incomoda:
 Carolina: O que foi menina, pelo amor de Deus?
 Aohna começou a chorar, coisa que eu nunca tinha visto vindo dela.
 Aohna: Pelo amor de Deus, eu tava tomando banho, entrei no quarto pra me vestir, e senti um negócio horrível junto de mim. Sentou na minha cama do meu lado, e parecia que tava tentando tocar em mim! 
 Carolina: Cadê seus pais, o Hagrid?
 Aohna: Não tem ninguém em casa eles foram no mercado. Me ajuda!
 Carolina: O que você quer que eu faça? Menina para de tremer!
 Aohna: Vamo lá em casa ver o que é, eu tô com medo de voltar sozinha, e se meus pais chegarem e ainda estiver lá.
 Lá fomos nós mesmo com medo, armados de vassouras, sim, vassouras. O Hagrid viu a gente chegando na casa, e quis ir lá dentro primeiro quando explicamos a situação para ele. O Hagrid gostava de se exibir para meu irmão Alfred, tinha uma queda enorme por ele. Foi entrando um de cada vez, Capitu só entrou depois de todo mundo. Ninguém viu nada. Mas Aohna continuou transtornada, foi se acalmando aos pouquinhos. Eu devo confessar que me senti de alguma forma vingada. Ela realmente não tinha sido legal comigo. 
 A fauna do condomínio era enorme, uma vez viram uma onça lá dentro, os guardas imbecis acabaram matando, meu pai me contou. Porque tiveram medo que atacasse algum condômino, eu achei de uma burrice... perguntei para meu pai porque não chamaram o IBAMA, ele não soube responder. Tinha uma mata muito fechada lá repleta de macacos, ia escurecendo e eu sabia meio que a hora pelos gritos que eles davam, que eu ouvia de casa. Quando tava sozinha, esses sons me assustavam. Não sei até que ponto, mas me lembro um dia, que comecei a ouvir, do lado dos sons dos macacos:
 Horrana, horrana (bem baixinho). Entrei para casa.
 A casa que meus pais cuidavam era num estilo muito velho, e antiquado, bem judeu, com pias de carne e leite. As vezes, minha mãe me mandava buscar alguma coisa lá dentro, quando tava escurecendo. Uma das coisas que me arrependo de fazer, foi obedece-la. Meu irmãozinho Alfred que gostava de me assustar, era uma das suas brincadeiras favoritas, veio atrás de mim dessa vez. Eu percebi que vinha, mas finge que não. Não sei porque, falar com ele teria evitado. Quando eu estava indo da cozinha para a sala, quase subindo aos quartos das casa horrível, foi quando o querido Alfinho:
 Alf: Hey, Horrana. (No mesmo tom que meu pai me chama, alarmado)
 Eu me virei.
 Alf: Buh!
 Eu não entendo até hoje porque, mas quando me virei e olhei para a expressão de não sei como, muitos dentes, e olhos bem fechados, comecei a gritar. E gritei tanto que quem ficou com medo, foi ele. Hoje, eu penso que talvez isso tenha sido um dejavu de algum passado. Você me deu um tiro? Quando eu virei era ou o Pedro, ou o Charlie com diferentes tipos de armas, brancas, de calibres, apontadas para mim. Você não concorda?

quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Assédio Sexual

 Ninguém está à salvo de olhares maliciosos. Qualquer movimento em falso pode ser interpretado de uma forma errada. Errada? Quem tá complicando as coisas? Assédio sexual a deficientes mentais é assunto muito sério. Uma vez vi um vídeo de uma moça não sei se drogada, eu não tô falando de maconha não, era tipo aquela droga que deixa as pessoas meio zumbis muito perturbador ela agia como um animal, "pó de macaco" pelo nome popular. Ou pode ser que tinha mesmo uma pertubação mental, enfim, ela estava sendo abusada por dois homens. Muitos distintos os dois, poderiam ser facilmente confundidos com bons doutores. Vamos chamar eles aqui de Salém e Hypnos. Sempre silicitos em proteger a paciente doentinha. É tanta agulha, é tanta injeção, anestesias gerais? Porque não? Ninguém se importa com ninguém.
 Uma moça solteira não é ninguém. Quem vai votar em uma candidata malokera, e com fortes indícios de ninfomania? Precisa se ajeitar na vida, comer mais mel. Mel é um negócio que eu só como quando estou muito gripada, tenho tristes lembranças de mamãe Carolina me obrigando a tomar mel na colher, quente e com pingos de mel. Coisa que eu odiava, mas funciona. Adoro pão de mel, mas mel puro é horrível.
 Dificilmente fico doente, mas quando fico é para derrubar. Lembro que fiquei muito ruim dos pulmões, talvez pelo excesso de trabalho (eu preciso relaxar). E fui ao hospital mais próximo ver o que podia ser feito, precisava trabalhar no dia seguinte, talvez tomando uma vacina melhorasse rápido. Os péssimos doutores que lá estavam de plantão recomendaram tirar um Raio X para ver se não era nada muito sério. Estava com mamãe, e acabada, vestida como uma mendiga. Cabelo preso, e rosto de defunta. Quando me vem o bom concurseiro do Raio X. Eu me vesti rápido para sair de casa, e não me preocupei com detalhes, estava frio, e vestia uma malha listrada, branca com listras pretas. Não tinha o brilho Estrelar de Sempre. O cara do Raio X, um moço muito bem afeiçoado, já chegou me olhando meio assim de lado, devia ter 1,80, moreno, todo de branco... muito atraente, mas meio burro.
 Raio X: (me olhando meio desconfiado) Você está de sutiã? 
 Achei a pergunta bastante invasiva, e assim de supetão, mas achei que ele sabia o que estava fazendo, então respondi.
 Capitu: Não.
 Raio X: (Com uma cara fechada, a boca meio tremendo) Não, eu perguntei se você está de sutiã?
 Capitu: Não ! (Eu não tinha nem forças para gritar, e me vem um imbecil numa hora dessas).
 Fui ao hospital à noite, porque foi o horário que comecei a passar mais mal. E minha mãe ouvindo nosso flerte medicinal, incrédula. Indo para a pequena e intimista sala de Raio X, me virei para minha mãe, como se dissesse; "Você não vem comigo?". Ela nem se mexeu, eu já era de maior e ela deve ter pensado, pode ser uma boa chance, um bom partido. Sem falar que não entram acompanhantes. Entramos, o doutor parecia um dois de paus, me entregou o casaco de metal, como se fosse uma bomba relógio. Apontou o lugar onde eu deveria ficar para ser fotografada como uma modelo profissional. E ficou me olhando do seu cubículo. Uma sobrancelha em pé, e a outra deitada. Não sei se isso é sinal de poder em equilíbrio, ou de dúvidas permanentes.
 Eu gosto de quem dúvida, é muito bom duvidar. E ter certeza que está certa também, não tem como fugir do destino, já tá tudo escrito, só não vê quem não quer. Ou quem está em negação? O doutor tirou sua fotinha, tirou meu casaco fashion, tomando cuidado para não me tocar, e pediu que eu saísse. Quando olhei para minha mãe, ela estava com uma cara do tipo: "Viu, é só um Nerd, não toma iniciativa". O Doutor Raio X, voltou depois com o ... Raio X, feliz, enquanto eu estava sem energia nenhuma. É falta de estímulos táteis, sabe.
 Raio X: É você está sem sutiã mesmo... falou a verdade. (???)
 Nem chegou a dar um diagnóstico conclusivo. Quando eu vou ter minha alta, definitiva? Ou dá ou desce. O problema não sou eu, são os outros, até minhas tosses eles replicam. Meu discurso nem precisa ser perfeito, todos votam em ir comendo pedacinhos de mim aos pouquinhos, sem mérito nenhum para Capituzinha. Eu quero um episódio sobre assédio sexual.

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Piscinas Alheias

 Eu só quero chamar sua atenção. Como eu acho que já disse, morei num condomínio de judeus por muito tempo, 7 anos, meus pais eram caseiros. Minha mãe a super star limpava a casa, e meu pai era piscineiro e jardineiro. Eu e meu irmãozinho, que ainda não tinha essa grande apreciação por jogos futebolísticos, estudávamos em uma escola próxima. Bastante escondida, cercada de pinheiros, e próxima a um hotel. No condomínio fizemos amizade com nossos vizinhos também filhos de caseiros, vou chamá-los aqui de Aohna e Hagrid, irmãos quase que gêmeos, mas com idades diferentes. Pareciam univitelinos, sempre juntos, e sempre brigando, a gente se deu muito bem.
 Nos divertíamos andando pelo condomínio de noite, era muito seguro, tinha rondas de segurança o dia todo. Então minha mãe nem reclamava, até gostava, as vezes mandava eu sair de casa. Pegávamos walkie talkie das crianças ricas, que estavam vivendo durante a semana em outros condomínios em São Paulo, os cães, vários labradores, que os gêmeos Weasley passeavam para ganhar um dinheiro, eles iam com a gente também. A gente se separava em cada lado do condomínio, tinha o lado de ruas com nomes de pássaros, e outro com nome de flores. E ficávamos brincando de se encontrar em algum lugar, depois de invadir a casa de várias pessoas. Estilo Stranger Things sabe, as vezes o Hagrid trazia a bicicleta. 
 Meu pai é tão obcecado com a ideia de eu não me machucar, que vendeu minha bicicleta, para eu não cair nas ladeiras que eram muitas. Isso é uma das coisas que me incomoda até hoje. Eu tive um patinete também, que não era elétrico, mas era legal.  Carolina doou para uma prima gorda minha que nem usou. Falando em piscinas, eram muitas, a maioria das casas tinham piscina. Devia ter uma três ou quatro que não. Trabalhei no condomínio um tempo depois, e me esqueci qual era o número de casas. Provavelmente no mínimo umas 150, por aí. Um dos meus primeiros empregos foi na administração do condomínio, isso me deu experiência para administrar o país. 
 Quem me iniciou no negócio de invadir piscinas alheias, foi o Hagrid. Um dia desses quando estávamos entediados, Hagrid: "porque a gente não pega um dia, e saí para conhecer as piscinas todas? A gente vai entrando nas que der?". E foram vários dias assim, conhecendo a casa dos outros, a maioria não tinha cerca, e as portas nem sempre estavam trancadas. Entravamos em piscinas de todas as formas possíveis, e ladrilhos de cores diferentes, e formas extravagantes. Tinha uma piscina com uma estrela gigante, símbolo de uma empresa famosa de brinquedos aqui, era a casa de um dos donos. De extremo mau gosto. Sobre nossas investigações, nem sei se os donos tinham conhecimento disso, mesmo ricos, eram só gente comum. Uns chatos, outros loucos, alguns paranoicos (como eu), alguns sovinas, outros distribuíam doces e presentes para as crianças, filhos e filhas dos funcionários, outros nem falavam com ninguém, nem da própria família. Tinham umas senhoras lá podres de rica, com depressão grave, até os guardas tinham medo de ir visitar, para entregar a correspondência.
 Tinha uma família lá que era muito conhecida por ser meio macabra, a mãe extremamente depressiva, o pai um grande empresário que estava dando sinais de falência eminente, e o filho do casal dava sinais de psicopatia. Ficamos sabendo pelos guardas que ele tinha tacado fogo num ninho de gatos, além de  ser incendiário sempre que se irritava com alguma coisa, se juntava com os moleques e tacava fogo no mato. Uma vez o fogo se alastrou e foi terrível, ele destruiu uma boa parte das árvores que tinham lá. Ele tinha a aparência do irmão da Lisbeth Salander, grande forte e muito loiro, olhos muito azuis. Ronald Niedermann que enterrou ela viva e me fez perder o ônibus, porque esqueci da vida lendo.
 O pai dele um dia sumiu, daí começou um boato de que ele tinha fugido para a Europa. Dias depois encontraram um corpo sem cabeça na Pedra Grande, ponto turístico de uma cidadezinha rural, muito charmosa chamada Atibaia. A polícia disse que o corpo era dele, mas ninguém acredita nisso, até hoje dizem que o pai do Ronald que devia mexer com coisas obscuras para ser rico, comprou um cadáver pra fingir a própria morte.  Por isso a falta de cabeça. Os Stranger Things reais; Capitu, Alfred Hitchock, Aohna e Hagrid, também adoravam as camas elásticas escondidas nos jardins secretos dos ricaços, furamos uma pulando. Lá dentro tem vários arquitetos, alguns com uns parafusos soltos, tem uma casa lá apelidada de "Casa Maluca", de um arquiteto não muito convencional. Não fui convidada para conhecê-la pessoalmente, mas Alfred me disse que tinha um escorregador no térreo que dava na sala de estar. E um banheiro inspirado em "Yellow Submarine" dos Beatles, então você imagina...
 O que é verdade e o que é mentira, MEU MARIDO Charlie? Sabia que para escrever estudos de casos, os psicólogos protegem os nomes dos envolvidos? Quem é curioso? Talvez eu só queira publicar um livro? Sopros nas orelhas de Dumbo meu querido.

terça-feira, 10 de setembro de 2019

Capitu Vem para o Jantar

 Você só quer me comer, mas eu te amo mesmo assim. Eu entendo que o Charlie Ouranos Brown esteja muito irritado comigo, ele acredita que não teve infância por minha causa. Porque o Pedro Chateaubriand é obcecado por mim, ele foi obrigado a trabalhar carpindo mato em Hollywood desde tenra idade, porque os atores de origem inglesa sempre recebem papéis de seres monstruosos? Capitu pensa que na cabecinha imbecil deles talvez seja para me repelir, mas o que acontece é justamente o contrário, eu me atraio muito e sempre me atraí pelo obscuro. Pode parecer um pouco brega, mas é a verdade, estou acostumada a só levar safanão. Por isso as vezes não entendo até onde as coisas são reais ou ficção. Já viu Hereditário? A mãe da família é minha mamãe Carolina.
 Minha mamãe Carolina sempre me tratou com pontapés desde pequena, negligência e desleixo sempre foram nome e sobrenome da minha mamãe super star. Tenho sentimentos muito ambíguos por ela, porque ela meio que me deu sinais do que seria minha vida, e das próximas Capitus se a Fazenda entrasse aqui definitivamente. Torturas eternas na terra e no céu. Carolina Glória de Novaes sempre foi obcecada por uma vida com objetos de luxo, é óbvio que eles são caros. Meu pai Machado nem sempre teve muitas posses, com dois filhos, e as vezes pela ausência de meu pai, pois trabalhava para nos sustentar, mamãe Carolina gastava aquilo que deveria servir para meus cuidados com coisas supérfluas, me deixando sem algo que precisava. Uma senhora que saiu da roça, quando chega na cidade acha que virou madame. Não terminou os estudos, e sempre me pressionou para que eu fosse uma estudante que ela nunca teve pretensão de ser, ela é artista sabe.
 Um bom exemplo da sua grande inutilidade como figura materna, idas ao dentista, porque procurar um bom profissional, e ver o que se passa com as dores que o nascimento do siso acarretam? Porque não levar ela num dentista público, para que se arranque precocemente os dentes que estão fazendo ela chorar? Minha mamãe (filhinha) não tem tempo para acolher o adoecimento da própria filha, não, deixa que qualquer estranho resolva. Eu não entendia muito bem o que estava acontecendo, mas me lembro de ver sangue e dentes numa pia de metal. E mamãe sempre com aquela cara de pessoa perdida na vida, típica de pacientes do CAPS. Meu pai coitado, quando voltava para casa, ficava sabendo dos estragos, e começavam as brigas. Estou tentando me lembrar de todos, e tipo assim, se meu marido some, porque não fazer a Capituzinha chorar, pra ver se ele volta?
 Meus pais brigavam tanto, que as vezes Capitu rezava para que eles se separassem, sonhava com um novo casamento, e visitas na casa da nova madrasta. Coisa que infelizmente nunca aconteceu. Isso por si só teria tornado minha vida muito mais simples. E do meu irmãozinho também, apesar de as vezes eu querer que ele nunca tivesse existido. Tenho a sensação que criei Alfred sozinha, não sei como está vivo. Carolina é a pessoa mais frágil que eu já conheci, tudo desestabiliza, me dá ódio. Carolina e Machado juntos, equivalem a Rafaela e Pedro, casais extremamente problemáticos e mesquinhos, ao meu ver. Sempre me diverti sozinha julgando pessoas, assim sendo, adquiri uma habilidade de descobrir pontos fracos nas pessoas, e também de fazer vários inimigos políticos. Parece que você também né Charlie? Sempre que eu conheço uma pessoa nova, uma das primeiras coisas que me passam na cabeça é: "Qual é o ponto fraco dela, e como eu posso usar isso a meu favor?".
 Se você está me julgando, pense o seguinte, eu nunca tive amparo real de uma mãe, minha mãe sempre me usou para que meu pai não se divorciasse definitivamente dela. Ele só permanece próximo para cuidar de mim, coisa que eu só percebi depois de muito tempo.  Nutri raiva por ele sem entender perfeitamente o que estava acontecendo, meu pai também é completamente banguela, para usar uma boa metáfora. Famílias desestruturadas, é o que o amor da fazenda nos causa.  Percebo pelo ódio que minha mãe joga nas minhas costas, que o "amor", que eles tanto falam não existe. É competição, e eu nunca gostei disso, só entro em jogo que eu sei que vou ganhar. O problema é que as pessoas não são sempre justas, e isso me irrita, senão eu ganhava todas.
 A Rafaela estava se passando por mim no Instagram como uma grande fisiculturista, e caiu do cavalo.É esse tipo de coisa que me alegra, e no caso eu até sabia que ela estava tentando te deprimir, meu etezinho, no fundo expus ela por você também. Não fique chateado comigo. Eu só fui espontânea e te coloquei numa situação ridícula também, fazer o que?. Mas eu como você também não tenho medo do ridículo, sabe a Dona Glória? Mamãe do cachorro limpinho da Rafa? Essa louca também me causou muitos problemas, também quis expor ela ao ridículo. Houve um libriano de cabelo ruivo cacheado que parecia o Wally, que adorou me perseguir por bastante tempo, se fazia de vítima, chorava na minha presença, porque eu era a Hermione Granger do Rony Weasley. É sério, uma vez eu estava na biblioteca, e ele chorou, como se dissesse: "Você não tem coração?". Eu não sou obrigada a nada.
 Como Wally era muito popular, mas para mim é só mais um cachorro,não entendo porque ele não entendia isso e queria me provar o contrário, as galinhas que queriam dar para ele, começaram a me hostilizar, eu virei a vadia sem coração, a única que não amava o anjinho. Um dia pensei: "Se eu der uns pegas no Wally talvez ele me deixe em paz". Mas por sorte não fiz isso, por uma questão de tempo mesmo, porque uma outra moça apareceu, e me mostrou quem ele era, alguém que gosta de torturar. Se eu tivesse entrado nessa, tinha me fudido. Então ficava ele, de um lado querendo me mostrar que ele era melhor do que eu, e que eu deveria me declarar para o "Rei". E aqui vou usar meu cachorro Hipócrates como exemplo para a nova personagem da minha grande saga, a cadela Hipócrates ficava zanzando como uma ratinha, que não sabe bem o que quer em volta de mim e Wally. Mas que depois de muita observação mostrou que só queria ser eu, e ter um posto melhor no hospital que trabalha, por indicação de sua família. Chama nepotismo, porque além de cadela é incompetente. Jogou meu nome na lama, m deixou mais mau falada,, do que eu já faço sozinha só porque queria casar com o Wally. Mas o Rony não casa com a Hermione? Ele ficou com essa ideia fixa.
 Quando me lembro, da cadela Hipócrates, penso em atropelamentos com meu Fusca.  Sua aparência me lembrava mesmo um rato sabe? Wally queria ser eu, queria se destacar mais no curso, mesmo sendo um burro, tinha inveja de mim, que nunca fiquei de recuperação. E a cadela lésbica, porque fez tanta cena, e não ficou com o Wally (eu torcia para isso, porque daí eles me deixavam em paz), queria ser você, MEU MARIDO o Charlie. Ela queria ser famosa, tinha uma estrela tatuada na nuca, que eu sempre achei de muito mau gosto. Talvez ela fizesse covers escondidos da Christina Aguilhera? A cadela ficou tão obcecada por mim, porque tenho uma tendência horrível a evitar o que me incomoda, como uma autista, que a anormal passou a aparecer em volta da escola que eu estagiava. Por causa das grandes produções que falam sobre mim, e também me torturam, veja só. Me desestabilizam, me fazem perder oportunidades, dentes...
 Pretendia agora que comecei a ter problemas dentários tardios, e espinhas também, nunca tinha tido, comecei a ter depois dos 22, arranjar um emprego e fazer tratamento dentário completo. Mas percebo que meu marido milionário, cada dia mais famoso, vai pagar isso para mim, já que estou com problemas econômicos. Só rezando para que a chave da minha conta de banco no Gringotes, seja finalmente entregue a mim. Minha Gina Weasley me deve tantas coisas, tantos passeios, tantos afagos... Eu nem consigo calcular. Eu sou o Harry Potter. O Charlie é minha Gina. Se eu tô escrevendo tudo isso é porque eu realmente gosto de você, só falo esse tipo de coisa para minha analista, que também tive que paralisar por falta de verba. Espero voltar, depois do fim do meu mandato. Eu tenho muita coisa para vomitar. Charlie pare de ser louco, você é privilegiado, agora você pode só ser feliz. E até evitar que outras crianças passem pelo que você passou, casando comigo. Você acha que eu estou de brincadeira?

segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Aquário

 Na minha nova casa, eu quero um aquário, bem equilibrado, muito bem climatizado, e com peixes que convivam em harmonia. Tem alguma coisa mais oriental do que um aquário? Sempre fui fascinada por aquários desde que frequentava o primário. Minha mãe Carolina me conta que depois da aula era muito difícil me tirar da escola. Porque eu não queria deixar de ficar na recepção da escolinha observando o aquário instalado lá. Ela me conta que tinha raiva porque as professoras achavam que ela me maltratava, eu saia da escola chorando, e ia me agarrando nos postes pelo caminho porque queria ficar perto do aquário.
 Então imagine a cena, eu berrando na rua me agarrando em postes, e minha mãe tentando me carregar para casa. As crianças choravam para ir embora, eu chorava para ficar. No início da minha adolescência quando Capitu morava num condomínio de judeus, lembro que ganhei de presente um kit de aquarismo, de amigos com benefícios de meus pais. Foi terrível, não sabia o que estava fazendo coloquei muitos peixes no aquário, não fiz a ciclagem... enfim, matei todos os peixes sufocados. Por isso, conversei com Charlie quando ainda namorávamos, e ainda não tínhamos nos mudado para o Palácio do Jaburu:
 Capitu: Eu quero um aquário.
 Charlie: Você já tem um, meu signo é de aquário.
 Capitu: (Risos) Não, eu quero aquários na minha nova residência. Não só um, vários.
 Charlie: Pra que tantos?
 Capitu: Eles me acalmam, me fazem esquecer o barulho, as pessoas falando no meu ouvido. Passando sempre na minha frente...
 Charlie: Como assim passando na sua frente?
 Capitu: Eu não sei como explicar isso, mas acho que a melhor forma de explicar, seria uma espiral, como um furacão sabe? Fica todo mundo rodando em volta de mim, e tentando me irritar, me atrasar, e bloquear minha passagem. Aquários sempre me acalmaram, fora que são lindos.
 Charlie: E custam caro, dão trabalho... é um hobby muito sério.
 Capitu: Sim, por isso eu vou começar pelos aquários de água doce, que são por onde todo mundo começa. Um peixe beta fêmea, não mais que um, senão ela mata todos os outros, independente do tipo de água que eles estejam, ácida ou alcalina. E mais outros tipos que se adaptem a ela, e ao tamanho do aquário.
 Charlie: Tem outros tipos, onde você aprendeu tudo isso?
 Capitu: Canais de aquaristas no youtube. Sim, tem os de água salgada, que são os mais estranhos, e os mais bonitos também.
Charlie: Estranhos?
 Capitu: Sim, se você chegar num nível de aquarismo que consiga equilibrar bem um aquário de água salgada, é como se ele tomasse vida própria. Os peixes se reproduzem, as algas também, algas que brilham no escuro, bichinhos eclodem como se fosse do nada... Eu acho incrível!
 Charlie: É como brincar de Deus?
 Capitu: Como assim?
 Charlie: No mar isso já acontece, porque você não pratica mergulho?
 Capitu: Sempre tive medo de tubarões, desde criança tenho esse medo sem fundamento.
 Charlie: Tem fundamento, tubarões são perigosos.
 Capitu: Sim, mas no Brasil não tem tubarão, ainda. (E sorriu alegremente para Charlie)
 A Capitu tem dessas frases que parecem um pouco sem sentido para alguns, mas em algum lugar na sua mente, e memórias infantis, ela sabe que tudo o que ela quer, um dia ela consegue. Num importa se nessa vida ou na outra.
 Capitu: Quem matou o John Lennon?
 Charlie: Mas que pergunta é essa agora? Não sei Capitu, não quero falar sobre isso...
 A Capitu nunca gostou muito da figura da Yoko Ono, muito menos dos Beatles, ela sempre achou a oriental uma grande irresponsável por largar seus filhos para viver com um rockstar. Mas agora queimou a língua e entende como é difícil perder alguém que se amou tanto. Quando o Charlie não está comigo é como se ele tivesse levado um tiro como o John Lennon.  Charlie está passando um período em Nova York a trabalho. Dos seus afazeres governamentais, ela ficou sabendo por Anitta que houve um tiroteio perto do edifício Dakota, onde o Beatle foi morto. Por isso Capitu ligou para o presidente dos EUA para saber o que estava acontecendo...
 Capitu: O que está acontecendo dessa vez? Você não consegue controlar a agressividade passiva do seu povo amoroso?
 Trump: Mas hora vejam só, nosso relacionamento fica cada vez mais profundo, agora até liga pra mim diretamente. Se tiroteios acontecem não é culpa do governo, eu não posso controlar todos os americanos!
 Capitu: Você não controla nem a direção do vento que levanta seu cabelo que parece uma peruca. Liga para o FBI, e vê se o Charlie está vivo. Agora ele é muito famoso, é casado com uma política, ele é um alvo fácil.
 Trump: Mas você não colocou escolta em volta do seu marido?
 Capitu: Claro que sim, eu não sou idiota.
 Trump: (Um senhor muito desagradável que eu evito conversa, mas o Charlie não atendia o celular, o que eu podia fazer? E nem ninguém da escolta atendia minhas ligações.) Olha, se você não consegue controlar seu marido isso não é problema meu, as vezes ele nem está nesse hotel, e pode até estar em companhia de outras moças mais mansinhas. (E bateu o telefone na minha cara).
 Porque a America elegeu esse bebê chorão eu não sei. Capitu foi se desesperando porque Azrael estava no hotel junto com ele. Mas eu sempre tive um comportamento de não me exaltar muito em situações ruins, eu resolvo o problema, e choro depois. Por isso, ligou para o filho, rezando para que ele atendesse, ele costuma esquecer de levar o celular para todo o lado como o pai leva. E é desses que visualizam e não respondem. Ele atendeu depois de uns 6 segundos, acreditei que devia estar assustado com os tiros:
 Capitu: Meu filho, você está bem? Que barulho é esse?
 Azrael: Tá tudo bem mãe. (Mastigando alguma coisa)
 Capitu: Como assim tá tudo bem? Que barulhos são esses, são tiros?
 Azrael: (Meu filho já tinha 7 anos) Tiro? Não, é rojão.(rindo) De onde você tirou isso?
 Capitu: A Anitta sempre se antecipando e errando o alvo. (Pensando: "Eu vou demitir essa tresloucada") Porque eles estão soltando rojão, eu liguei até pro Trump, que vergonha...
 Azrael: É por causa do campeonato de basquete, o Brasil perdeu, eles adoram esses jogos...
 Capitu: Ah, graças a Deus. Que tá tudo bem,porque você não está mandando resumos do seu dia no whatsapp como eu pedi?. Se cuida, e manda um beijo pro seu pai. Não fala para ele que eu surtei aqui. Não quero estressar ele, eu sei que ele está preocupado com o trabalho.
 Azrael: Mãe, eu vou assistir um jogo da NBA.
 Capitu: Ah, que felicidade, veste o casaco a prova de balas por debaixo da blusa.
 Azrael: Eu já disse que não vou usar isso, os seguranças já fazem as meninas acharem que eu sou um esquisitão.
 Capitu: Eu não tô em aí para o que acham, coloca o casaco, e respeita os seguranças, não é pra dar perdido, que nem você fez na Itália, senão eu vou ligar para o FBI!
 Azrael: Tá bom mãe, tchau, beijo.
 Meu filho é muito difícil, me dá taquicardia, é mais difícil monitorar ele do que o desmatamento e queimadas na Amazônia.



domingo, 8 de setembro de 2019

Um Casamento ou Vários Funerais

 Muitos acham que o Brasil não sabe o que está fazendo, eu digo a você que sabe muito bem, todos aqui são muito manipuladores, conseguem traçar perfis psicológicos com grande rapidez, e tem quase uma habilidade mística de saber e prever acontecimentos em outros continentes. A gente não pára, é como se o Brasil fosse um grande relógio que marcas as horas do mundo. Só que são relógios vivos, biológicos.
 Por isso eu digo, o seu destino já foi traçado, primeiro porque é um forte desejo seu que já vem desde a infância, sendo demonstrado. Você atuou e buscou aprender computação só para tentar descobrir quem sou eu. Todas as mocinhas que te bolinaram muito precocemente, algo de que eu realmente tenho raiva, porque não estava aí para evitar, é porque você sempre me amou. De onde a gente se conhece?
 A gente só bate papo, porque não se conhece presencialmente? Se você começar a pensar na sua infância, como eu estou pensando agora na minha, vai perceber que eu sempre estive com você. E vice-versa. Falando de assuntos políticos, eu te pergunto, você ama seu país? Sim, porque se você realmente ama, e se preocupa com a sua gente, se eu fosse você, eu dava um jeito de vir aqui bater na minha porta com flores. Eu gosto de orquídeas.
 Sabe porque? Nosso casamento seria muito benéfico para a sua comunidade, ou sua família pode-se dizer. Só a Família Real para os brasileiros não é um grande exemplo, como deve ser para o seu país. O brasileiro gosta de democracia, e de pessoas que queiram conhecer o jeito que eles gostam de viver. Respeitam as tradições alheias, mas não querem deixar suas raízes. Assim sendo, eu vou perguntar de novo. Você ama seu país?
 Se sim, se case comigo, ou muitos funerais no futuro vão acontecer. Meu rosto me diz que a Inglaterra não gosta do livro que meu pai Machado deixou para mim, mas acredito que já deu para você perceber, que não é só um livro sobre traição, é sobre estratégia de guerra. Não foi você mesmo que me deu essa dica? Você achou eficaz? Eu acho, e tem muitos outros livros. Pense num futuro distópico, aqui não existem regras, e nunca existiram, para relacionamentos inter-raciais. As pessoas aqui sempre foram mestiças, e costumam ter muita saúde, disposição, vitalidade, são atléticas. Poque? Mama África.
 Os ingleses como são? Intelectuais, mas fracotes. Essa sua negação a minha pessoa, na minha vida, ainda vai levar todo mundo a morte... um dia. Sabia? Você, e eu vamos morrer, e essa ladainha sua, fingir que não está me procurando, vai continuar. Você não ia gostar, que as crianças inglesas pudessem escolher se querem ou não, começar a trabalhar na infância? Eu acredito que o que a Rafaela e o Pedro fazem é abuso infantil. Eu tive uma infância incrível, e livre.
 Minha época de inocência só não foi melhor, porque meus pais estavam sempre sem dinheiro. Vou contando aqui, o que eu for lembrando. Mas acredita, estão usando você, para me castrar várias e várias vezes. Esse ciclo nosso, já aconteceu outras vezes. Você também é uma peça avulsa como eu. A "Arte" da Carolina fake, é guerra. Só que ela não sabe que um dia vai perder. Porque ninguém vence a fé. Você quer que sua família tenha mais opções, e liberdade de escolha? Fique do meu lado. As pessoas subestimam o Brasil. Grande erro, e boa sorte para todo mundo... Se você continuar com essa frescura, eu vou ser obrigada a passar por tudo isso de novo. Sinais de reencarnações por todo o meu corpo.
 Só para a Rafaela se divertir aí no "Inferno de Dante", fingindo ser eu, para não morrer de fome. Eu abri a porta, entre antes que seja tarde. Acredite quando eu digo, eles estão usando você, Rafaela e o Pedro (Os Romanos que me mataram, presta atenção na casa deles, eles são Romanos) para tentar entrar aqui, ou levar Lolitas para aí. Porque perceberam que nada aqui é aleatório. Tudo aqui dentro faz muito sentido, é que você não entende totalmente ainda. Um trecho interessante de um livro para você pensar, em quem está salvando quem:

A Grã-Bretanha

 Nesta quadra interessante, Nostradamus prevê para a Grã-Bretanha um grande futuro, que se prolongará por três séculos. A maioria dos estudiosos crê que esse período começa no reinado de Elizabeth I e vai até o da rainha Vitória, cinquenta anos além do profetizado. Não fica esclarecido o que os portugueses tê a ver com a Grã-Bretanha e a terceira linha também é dúbia --- ignora-se se fala das forças inglesas, ou daquelas que acabarão com o poderio inglês. Uma frase ambígua para terminar, à maneira típica de Nostradamus. Veja III. 57.

Cheetham, Erika. As Profecias de Nostradamus - Rio de Janeiro: Nova Fronteira, pág. 514 1983.


 Você me acha louca? Abra seus olhos e perceba:
1. Pedro Gregório : no fundo tem um ódio profundo de mim. Porque eu devo abaixar minha cabeça e obedecê-lo.
2. Seus país a cada dia que passa vai perdendo um pouco de suas características, como o meu. Pedro está deixando a Rafaela invadir aqui lentamente, e olha só que interessante, é usando minhas histórias e minha vida que elas estão enriquecendo. E me fazendo sumir. Você acha que elas merecem ser salvas? A resposta é não.

 Sem falar que aqui tudo se resume a acumular o máximo de dinheiro possível, para manter nossa independência, que o Pedro coxo, insiste em querer nos tirar, no final do nosso ciclo. É por isso que as Rafaelas daí são tão agressivas, um dia, se elas não abaixarem a cabeça para mim, vão morrer de fome. No futuro dinheiro não vai ser importante, nada vai ser mais importante que água. Disso eu tenho certeza! Você quer garantir a sobrevivência do seu país? Mais saúde mental para as crianças vindas da sua casa? Não é por acaso que você está falido. As Rafaelas pensam que eu não tenho memória, e os Pedros pensam que vão dominar o mundo, enquanto isso eles se divertem, e só casam com cocadinhas, enquanto eu fico presa aqui. Hoje, os jornais manipularam as pessoas com o que eu escrevo, e eu vi todo mundo sair de casa e ficar olhando para a rua, esperando alguém chegar. Foi muito bizarro, e só mostrou para mim que os homens daqui precisam saber que eles não são donos do mundo. Eles só tem que deixar as mulheres daqui livres, daí as procuras acabam. Eu vou me lembrar de tudo isso. Conversa de Capitu fazendo entrevista de emprego:
 Empregador: Mas se você resolver me deixar agora? Eu não posso te perder...
 Capitu: Mas como se perde alguém que não é uma propriedade? Isso não é escravidão?
 Empregador: O que mais você tem para dizer para mim? (alguém que vende combustível, que vem da natureza, e portanto, é meu)
 Essa é minha realidade, tem velhos de todos os lados decidindo minha vida. Quando deveriam ser apenas cães. Isso não é crime contra a humanidade? Isso é uma forma de intimidar as mulheres daqui.
 Quem não tiver do meu lado vai perder. A realidade aqui só vai cantando os sentimentos contrários do "Amor", e eu só vou esperando... Mas você pode mudar isso, se perder o medo do que o público vai dizer. Faça pelo seu país. Todo mundo aqui já está salvo, salve os seus. Um beijo e um abraço. 

 Não pareceu um trabalho de faculdade? Vamos ver o que será que a Globo (agora tem 3 novos fundadores, todos homens, e vários outros escritores homens, na rede de TV, prontos para roubar qualquer sonho de qualquer Capitu) vai fazer com isso que eu escrevi. Os grandes escritores de lá agora resolverem vigiar meu blog, e compartilhar na novela, sem me dar crédito. Nunca tiveram tanta audiência, e eu na miséria.

sábado, 7 de setembro de 2019

Alfie o ET que Come Gatinhos está em NY

 Hoje meu amado etezinho você viu que o que move as pessoas não é o amor, muito pelo contrário, é a competição sem sentido e direção correta. Uma saraivada de pássaros cruzou o seu caminho na bicicleta. E te mostrou aquilo que você não queria ver, ninguém gosta de ninguém, e ninguém gosta de mudanças. Ou pelo menos não estão preparados emocionalmente para ela. Ficam todos e todas me procurando, olhos marejados, moças de cabeça branca confusas... Meninos de canelas finas cansados de comer pudim. E meu gato Hipnos? Dormindo dentro de vasos. 
  E quando eu vou molhar a planta, eu que sou ruim... ele saí de dentro do vaso ainda resmungando. Meu namorado Charlie anda preocupado com o que vão dizer dele quando ele aparecer com uma famosa garota de programa brasileira, uma Linda Mulher, mas ainda sim um pouco suspeita, ela precisa ser melhor investigada. E com um nome tão estranho talvez meio indígena, como é o nome dela mesmo? Ah, é aquela qualquer uma de vestido azul, não é grande coisa, ela parece com todo mundo... é até um pouco vulgar.
 E sou uma grande estrela e estou em todas as premiers, mas ainda sim me tratam como se eu fosse um ET. 
 Quando Charlie e Capitu ainda eram apenas amigos, á uns 6 anos atrás, nem namoravam, Capitu era Ministra da Fazenda:
 Capitu: O que eu devo fazer Charlie para que as pessoas me respeitem mais no meu cargo eleitoral? Meu eleitorado não confia em mim... Nem sabem meu nome direito.
 Charlie: Talvez se você se casasse, a opinião pública, e o público teriam mais sobre o que comentar. 
 Capitu: Mas com quem eu vou me casar?
 Charlie: Comigo!
 Capitu: Mas você é meu tio...
 Charlie: De onde você tirou que eu sou seu tio?
 Aguarde cenas do próximo episódio, "Um casamento ou vários funerais":

                Nós dois e nosso romance tórrido incestuosos

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Zodíaco

{Meus personagens de acordo com seus signos (podendo sofrer alterações, ou adições inesperadas):}

Azrael (Um Viajante do Tempo): Serpentário

Charlie Ouranos Brown (Elizabeth Bennet): Aquário

Aohna (gata preta e branca com poderes de vidência): Sagitário

Pedro Gregório (ele quer controlar Capitu): Virgem

Hagrid (gato Maine Coon): Touro

Alfred Hitchcock Willians Copacabana (meu irmão adotado jogador de futebol): Câncer

Capitu de Capitolina (Sr. Darcy): Escorpião

Rafaela Chateaubriand (ela tem a ilusão de que vai se casar com Charlie): Peixes

Machado de Capitolina (meu pai): Leão

Carolina Glória de Novaes (minha mãe que segue tentando me sabotar): Libra

Hipócrates (york shire vira-lata encardido): Gêmeos

Baleia (Cachorro Presidencial):  Câncer

Anitta (Drag Queen minha assistente pessoal): Áries

Marielle Horrana (Jogadora de Futebol ex esposa do meu irmão adotado): Capricórnio

Psiquê (Terapeuta) : Escorpião

                                          
                                             Personificações gatais dos personagens:

Luna - Capitu de Capitolina (Sr. Darcy): Escorpião
            Aohna (gata preta e branca com poderes de vidência)

Psiquê - Azrael (Um Viajante do Tempo): Serpentário
              Psiquê (Terapeuta)

Hagrid Hodor - Hagrid (gato Maine Coon)

Médico - Charlie Ouranos Brown (Elizabeth Bennet)
                Hipócrates (york shire vira-lata encardido)

Hipnos - Alfred Hitchcock Willians Copacabana (Gato rajado e branco, come e dorme demais)

Thanos - Pedro Gregório (Gato preto e branco, com um bigodinho de Hitler, bastante territorialista)
               Machado de Capitolina (meu pai)

Banguela - Marielle Horrana (Gato macho filhote, sempre quer me impedir de apagar a luz)

Salém - Rafaela Chateaubriand (Gato macho filhote, irmão do Banguela, tem um coração branco perto do pênis de gatinho)

Lumos - Anitta (Drag Queen minha assistente pessoal)
              Carolina Glória de Novaes (minha mãe que segue tentando me sabotar)

Nox - Baleia (Cachorro Presidencial)

Eu só Quero um Emprego mas Estão me Deixando Assustada

 Minha mãe e meu pai, Carolina e Machado trouxeram para a sala aqui de casa um tal de Gustavo, Gustavo Flaubert. Não sei quem é, mas trouxeram ele vestido como um mendigo. De chinela havaina branca, chapéu vermelho, e casaco azul real. Colocaram um colchão perto da mesa de jantar para que ele dormisse ali. Acho que ele é um ator. Meu pai colocou uma cadeira para ele sentar na frente de um quadro que mostra uma construção italiana de pedra, que tem uma entrada no meio, um buraco quadrado e fundo azul, parece um tipo de vila. O quadro do lado também é de tonalidade totalmente azul, e mostra uma torre com uma janela circular no topo. Esse é o meu quadro, o primeiro é o seu. Você está em São Paulo ou no Rio de Janeiro?
 Você tá dormindo na sala de jantar. O meu hóspede mendigo, estava meio choroso. Meu cachorro Hipócrates quase se deitou no coxão dele. Daí me aproximei do rapaz com o celular na tomada, olhando para mim e falei: "Boa noite". Minha mãe Carolina agora usa óculos, nunca usou, e camisa roxa. E meu pai usava um blazer escrito "Ingland". Parece que eu posso sim obrigar as pessoas a se casarem comigo, você já pegou um avião e está aqui bem perto. Se você aparecer aqui com uma equipe de TV, eu vou chamar a polícia. Eu sou tímida. Porque você é assim? Você vive entrando na minha vida sem ser chamado...
 Quando Capitu estava na faculdade, no 2° ano, um rapaz aqui do bairro, que eu conhecia só de vista, e de boné vermelho, típico de voyers, deu um jeito de pular as minhas vistas para que eu visse ele. Igor Stravinsky descendente de orientais, bastante educado e com uma voz grossa, vivia me cumprimentando, ele tem um tipo físico bem atlético. Estávamos em uma aula de filosofia, que eu gosto muito. Yara (pesquise folclore brasileiro, yara é uma sereia) era o nome da minha professora, ela me chamou para entregar minha prova escrita, estava eu lá com ela, quando ela chamou o Igor. O Igor levantou tão rápido, e chegou do meu lado, que eu nem vi de onde ele vinha. 
 A Yara sempre elegante, entregou a prova dele e disse: "Vocês escrevem muito bem...". E olhou para mim, sem demonstrar nenhum tipo de expressão facial. Capitu olhou para o Igor e ele abriu um sorriso muito largo. Capitu achou engraçado. Eu também sou Chanel, mas eu nunca consigo ir para Paris. Quem está me impedindo? Você Charlie, você é meu stalker favorito. E boa noite. Se você estiver aqui, coloque seu telefone nos comentários aqui em baixo. Ou então me visite na minha casa. Hoje em dia ninguém mais quer se casar, eu entendo, ninguém confia em mais ninguém. Beijo no seu coração.

Alfred Hitchock Willians Copacabana

 Esqueci que meu irmão ambicioso, jogador de futebol, gosta mesmo é de driblar todo mundo. Não importa o que eu diga, ele não acredita em nada, a não ser nele mesmo. Agora que entrou no Corinthians, virou uma pessoa extremamente insuportável. Quando mais eu explico as coisas para ele, mais forte ele fica, mais criativo, ele é o Bob Esponja do mau. Eu transformei meu irmão num monstro.
 Saí para espairecer, andar com meu cachorro encardido o Hipócrates, porque de tanto falar falar e não ser ouvida, fiquei com dor no cóxis. Fui procurar a coleira do meu cachorro mas descobri que minha mãe Carolina Glória de Novaes, ou pode ter sido meu pai, jogou fora. Meu pai é ciumento, ele tem medo que invadam meu quarto de madrugada. Charlie meu namorado dorminhoco não entende esse comportamento desse intenso protetor. 
 A questão é que precisamos dos ensinamentos de meu papai Machado para evitar que esse tipo de tragédia se repita:


 Taxa de natalidade, e controle do diabetes na infância. Estão conspirando contra mim, para invadir meu espaço. Isso graças a Jo que escreveu sobre mim.O Pedro fica caindo aqui, eu e você só ficamos em casa comendo. E o Pedro vive circulando aqui, e vendendo minhas coisas. Acredite em mim, eu te amo. 


 Eu te desculpa pelo exagero, Alfred, mas é que você é irritante. Você não entende o que eu falo? Você é disléxico? Assim como eu você também sustenta a sua mãe? Saia de cima de mim. Me ajuda a te  ajudar. Você é solteiro porque ninguém te suporta. Como também ninguém gosta de mim. Do que você tem medo? Desculpa pelo stress. Um beijo na boca.


Essas lesmas tão caindo aqui dentro e tirando a minha independência. Eu não sou cantora.

 O Pedro encostado é só um mulequinho com fome. Eu não quero ser escrava desse nojento. Casa comigo Charlie? Capitu está te abraçando.

terça-feira, 3 de setembro de 2019

Dois Ovos na panela da Rafaela Chateaubriand

 Você duvidava que a Rafaela está queimando nós dois? Ela comprou uma frigideira Finlandek nova, verde água, para fritar seus ovos. Nós dois. Você finalmente está percebendo como você não é tão esperto assim como pensa? Tantos livros, tanto conhecimento moral, ético, literário, cinemático, e nada sobre vulvas nervosas.
 Aqui na minha casa a Rafaela Chateaubriand é coadjuvante. A rainha e o rei sou eu. É como se meu pai Joaquim tivesse criado uma rede de proteção para mim. Para que eu pudesse fazer ou ser o que eu quisesse. Mas você meu amor, parece que a gente se conhece de outras vidas não?
 Quantas vezes você tentou me matar? Eu estava observando meu corpo no espelho, e percebi as marcas da sua paixão, as facadas estão por todo o corpo e rosto. Eu tenho uma pinta no lado esquerdo do meu rosto, você já me deu uma bofetada? Cuspiu no meu rosto? Me deu um tiro? Porque você acha que eu sou uma cadela sua? Nós somos dois gatinhos meu amor. Eu também te amo. Por isso estou dizendo a você com todo carinho: "Você é medroso". Você quer mais pudim? Ou você quer ver as marcas que você deixou em mim? 
 Eu diferente de Rafaela estou sempre aberta a novas possibilidades. Um beijo na sua nuca.

A Senhora dos Anéis

 A minha causa é a minha existência, e a do MEU MARIDO também. Sim, porque andei percebendo que assim como eu todos estão tirando partes dele e vendendo por aí. Conheço Charlie desde a minha remota infância. Lembro de uma tarde de quarta-feira quando eu estava no ensino fundamental, numa escolinha muito remota e escondida por salgueiros lutadores, que mesmo que meu Romeu não estivesse ali comigo eu sentia seus efeitos. Eu tinha por lá os meus 10 anos, e estava no intervalo sentada no chão com outra amiga minha, ainda não pensava em seguir carreira política, só queria tomar um sol, e me distrair do fato de me sentir permanentemente vigiada. Sim, aqui na minha casa, a grande estrela sempre fui eu.
 Sempre gostei de sentar na frente para poder ouvir melhor o professor. Quem é meu professor? Ou professora? Mas tinha uma coisa que realmente me incomodava, e me fazia me fechar em mim mesma, como uma concha; ouvia sussurros pelas minhas costas, e quando eu me virava, meus colegas riam de mim, nunca entendi direito o porque... Achava que era simples bullying que ainda nem tinha esse nome, era brincadeirinha de criança. Eu mau sabia e já tinha um namoradinho. Sempre me senti sendo perseguida, "tem alguém querendo me capturar". Mas o que é a vida não é mesmo? Não tem como saber. Não importa quantos filmes sejam feitos, não tem como saber... só vivendo. Meu então amigo Charlie nessa época era dono de uma fábrica de chocolates, eu ainda não o tinha visto, quando estava na escola eu só pensava em voltar pra casa e assistir "Chaves e Chapolim". Não ia ao cinema, não gostava.
 Voltando ao meu intervalo, estava eu lá com minha amiga, quando uns dos meus colegas, que agora me fugiu o nome... se sentou do meu lado e inesperadamente deitou a cabeça no meu colo. Achei aquilo meio suspeito... 
 Apenas amigo: Capitu, faz um carinho nas minhas orelhas?
 Capitu: Orelha? Porque?
 Apenas amigo: Porque eu gosto.
 Ele nunca tinha feito nada disso, fiz os carinhos, e comecei a ficar incomodada porque ele não saía do meu colo. O intervalo finalmente acabou, e eu voltei para a sala, graças a Deus. Minha infância e adolescência sempre foi assim, garotinhos vindo até mim e me entregando rosas, sem nenhuma data comemorativa em especial. Eu só aceitava, mas ao mesmo tempo pensava: "mas eu só tenho 10 anos, o que está acontecendo?". O menino que se jogou no meu colo, no dia seguinte estava choroso no intervalo. Eu não tinha visto, mas meus colegas vieram até mim, com olhares acusadores que diziam: "que cobrinha sem sentimentos". Digo e repito, eu só tinha 10 anos, e já fiz o Pedro Gregório chorar. Hoje meu marido que é ator profissional, Charlie Ouranos Brown me fez perceber muitos mistérios que até então estavam escondidos. 
 Charlie sempre gostou de brincar, e sua brincadeira favorita sempre foi me imitar. Uma brincadeira perigosa que sempre mexeu com a minha vida. As vezes eu sou uma criança doce que vira uma grande empresária do ramo alimentício do dia pra noite. Do nada uma criança que chora copiosamente sem nenhum motivo aparente. Por isso, eu o conheço a muitos anos. Sou uma gatinha preta e branca esotérica, tenho a sensação que mesmo estando em outro continente, ele faz visitas astrais a mim de madrugada, me dando dicas do seu paradeiro. Meus gatos falam comigo, uma noite dessas, aqui no Engenho Novo, meu gato Hypnos olhou para fora na minha varanda, como se tivesse alguém ali me olhando...
 Fiquei olhando para ver se também via alguma coisa, não vi nada, recostei no sofá e continuei assistindo TV, Pedro adora me dar coisas para eu assistir, pra ver se me captura como um pokemon lendário. Se eu fosse um pokemon eu seria o Pikachu, porque sou sempre a protagonista. Não importa o enredo. Voltei a TV, quando senti a patinha bem de leve do meu gato batendo na minha mão direita, depois ele voltou a olhar para a varanda, olhou por alguns instantes, depois se deitou e dormiu. Segui fingindo que não tinha entendido. Foi quando Salém deitou próximo a meu gato Hagrid, um gato de raça com toda a arrogância característica do "Pequeno Príncipe", e mais uma vez Salém pós a pata na minha mão direita. E olho para um objeto misterioso.
 Tem um parapeito na minha sala, onde tem uma representação de dois passarinhos num ninho. O João de Barro, e Rafaela Chateaubrind. Vou colocar aqui para meu Amélio de Poulan poder entender mais geograficamente o que eu estou tentando explicar:


                          Image result for joão de barro


 Salém me avisou que poderia haver um empecilho, Rafaela Chateaubrind, pensa que é um relógio como eu, vive voltando o ponteiro para as 4:20. Ela é viciada em mim mesmo, porque você veio tantas vezes em direção a mim, meu amado, que eu me virei para você e comecei a te olhar com outros olhos... Eu tô bem do seu lado agora, te olhando friamente. Mas a Rafaela, ela tem um transtorno de comportamento que eu gosto de chamar de "Bovarismo", sempre que contraí dívidas... chama o meu nome em vão. Ela quer que eu pague seus boletos, você sou eu, e eu sei que nesses dias que eu não estou aí, Rafaela passou a encenar a sua peça favorita para dias nublados, "O Frango Assado Surpresa". Quando o meu nome é sussurrado; "Capitu,capitu, onde está você?", pelo meu amado, de repente todos os anéis se abrem. Todas as pernas se levantam ao ar, gritos, gemidos estranhos... casamentos repentinos...
 Eu tô vivendo a minha vida, ou os outros estão me vivendo? Minha presença causa movimentos estranhos, como um wifi de repente, todo mundo se conecta, numa corrida para se salvar o que se puder. Porque a poderosa está vindo, o furacão chegou. Olha que divertido, sempre fui o Trump desde pequena, sabe aquele desafio de sair correndo quando falam o nome dele nas escolas? Eu vivo isso. Nunca tinha entendido porque. Agora eu sei, a culpa é sua. E você tem uma dívida comigo, que só vai crescendo... Eu tenho certeza que a peça da Rafaela já caiu por terra, e agora você está de mãos abanando. Só sobrou pudim de leite condensado para comer.
 Enquanto eu sigo aqui com minha pipoca assistindo eu mesmo, contando minha vida para mim. Só passo vontade de comer guloseimas inglesas. Chegamos numa encruzilhada, meu One Drive está de saco cheio, MEU AMOR. Quando eu trabalhava na Escola Florêncio para você ver que eu não minto, só sou muito inconsciente, e as vezes minhas memórias somem. Estava sentada no pátio observando Sofia a menina autista que eu acompanhava, quando a professora da sala falou para mim: "Eu tava assistindo uma série (as pessoas adoram contar coisas que você não quer ouvir quando você diz que estuda psicologia), não sei se você já ouviu falar... de um menino bem bonitinho que finge ser autista?".
 Capitu: Não, não vi. (Agora estou vendo, e entendendo que tem alguém obcecado por mim, eu causo vício, não negue mais) Do que se trata?
 A partir daí toda a sinopse foi resumida pra mim. Não me interessei porque eu não sou a coadjuvante, EU SOU SEMPRE A PROTAGONISTA. Mas achei que era uma boa ideia, podia educar os telespectadores mais leigos... sobre minhas pretensões psicológicas. Sou manipuladora.
 Capitu: Que legal. (Quando o monólogo acabou).
 Meu querido Amigo serelepe, você percebe que as pessoas vivem jogando você(eu) no meu(seu) colo? Eu sou meio distraída e só percebi isso agora. Charlie agora está trabalhando em mais uma peça no Canadá, fingindo que não me ama, mas sempre me mandando recados. Charlie sempre esteve na minha TV, no meu banheiro, e até na minha cozinha. Meu cachorro encardido Hipócrates, tem uma porquinha rosa de pelúcia que ele fica jogando para o alto. Hoje ele sismou em jogar ela dentro do banheiro. Jogou a porquinha Rafaela no banheiro e olhou penetrantemente para mim. Achei significativo:
Hipócrates pensativo. Não importa quantos banhos eu dê nele, ele segue encardido.
                                                   
 E Charlie e eu seguimos no 0x0. Capitu que liga pra Charlie, meu fantasminha camarada, que me observa tímido atrás de portas, janelas, buracos na parede:
 Capitu: Nossos mundos finalmente colidiram.
 Charlie: Como assim?
 Capitu: Eu nunca vi tanta gente motivada. Mas como eu disse eu não posso, e nem quero sair daqui.
 Charlie: Mas eu estou com saudade...
 Capitu: Então porque você não vem para cá? Lembra da nossa promessa no poço? Esqueceu? Eu acho que eu estou morrendo de câncer cerebral, venha me salvar!
 Charlie: Não fale em morrer Capitu!
 Capitu: Você prometeu que só se casaria comigo. Lembra? Que largaria sua mãe, ou o que quer que fosse, para se casar comigo. Mas parece que era mentira, quem sou eu para você se lembrar de mim não é mesmo? Ninguém. (Capitu tosse muito fragilizada).
 Charlie: Eu não posso sair daqui, eu preciso de dinheiro, estou cheio de dívidas com minha mãe. 
 Capitu: Mas eu tô morrendo... (Cof cof cof) Você larga tudo sua mãe, o seminário, para me ver morrer?
 Charlie: Eu não posso me casar com a mulher de outro homem! E não fale me morrer!
 Capitu: Que homem? Eu falo em morrer, eu não sou eterna, o tempo está passando...
 Charlie: O Pedro do pé torto, aquele deficiente maldito! Não me deixa sair daqui! (Esqueci de falar que Pedro Gregório amigo de peça e seminário de Charlie tem uma cicatriz horrenda no pé esquerdo, que faz ele ser um pouco coxo).
 Capitu: Mas eu não sou de ninguém eu sou minha (sua). Chave e fechadura. Todas juntas num só ser.
 Charlie: Ninguém é assim.
 Capitu: Eu suspeito que já tivemos essa conversa milhares de vezes, eu tenho sinais por todo o corpo de  reencarnações constantes porque não consigo ver minha Madalena, a minha princesa. Todos estão tentando me matar! (Um baque e telefone sem sinal).
 Essa sou eu grande dramaturga, poeta, sensual incorrigível, detetive particular, Bond Capitu Bond 006 . Então eu tenho 3 grandes questionamentos:
 1: Onde está meu dinheiro que me roubaram?
 2: Onde eu estou? (Você)
 3: Quando a dívida será paga? (Madalena finalmente nos meus braços machucados de Cristo ressuscitado).
 Estou paralisada e sendo constantemente chamada de "Mentiroso".

                      Estou morrendo desde o momento em que nasci. E você também.

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Operadora de Caixa do seu Coração

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Bandeira Branca meu amor não posso mais...
                                                   

 Meu amado Charlie Ouranos Brown, demorou muito para voltar a nossa residência no Palácio do Jaburu, em Brasília logicamente. Portanto, liguei para ele e perguntei:
 Capitu: Onde diabos você se meteu?
 Charlinho: Acabou acontecendo umas desventuras no caminho, tive que vir pra Paris.
 Capitu: Paris? Você não tava em Portugal?
 Charlie: Acabaram aparecendo uns produtores que querem financiar aquela peça que eu escrevi inspirada em você. Lembra?
 Capitu: Eu não quero saber de peça. Volte para casa. Você trabalha demais, e não recebe reconhecimento.
 Charlie: Porque que você não vem pra cá?
 Capitu: Não posso, tive uns problemas de comunicação com o Macron, aquele imbecil pensa que é dono do mundo. Não quero acabar topando com ele.
 Charlie: Bom, eu não posso sair daqui estou quase fechando um negócio... Você vai ter que vir...
 "Mais que inferno", pensei. E lá fui eu, atrás do meu eterno namorido fujão. Entrei no meu jato particular, pilotado pelo Santos Dumont, um ótimo condutor, mas um pouco atrapalhado. Sempre que eu me aproximo ele começa a ter gagueiras e suadeiras suspeitas. Já disse várias vezes a ele que sou casada, mas ele insiste em me colocar em situações de constrangimento aéreo. A porta de comando tem que estar sempre fechada, se eu falo qualquer coisa a ele, ele perde o comando do volante, e sofremos turbulências desnecessárias. Por isso, só quem fala com ele é minha assessora Anittta, uma Drag Queen muito conhecida no meu país, mas que resolveu deixar de ser famosa porque isso a estava levando a loucura, e exaustão. A contratei porque isso ia chamar mais a atenção para mim, dos meus eleitores, e até que ela está indo bem, é uma ótima administradora de conflitos.
 Pois bem, chegamos ao encontro de Charlie que estava tirando fotos do lindo palácio de Versailles, quando meu jato pousou. Meu jato pousa em qualquer lugar que eu quiser, e eu gosto de chamar atenção. Você meu querido, adora minha extravagância, e sorriu quando me viu chegar. Eu estava vestida com um lindo terno magenta, e sapatos Oxford, porque nunca fui muito chegada em saltos altos, me doem as costas. Fui passando pela multidão curiosa, vários deles com feições estranhas porque não concordam com minhas políticas de preservação da Amazônia, inclusive o Macron, mas esse desocupado a gente deixa para outro momento.
 Capitu: (Cheguei perto do Meu Marido e o abracei como sempre, e dei apenas um selinho, porque não gosto de beijos desentupidor de pia em público) Que saudade meu amor. (E acenei para a multidão que fazia cara de nojo).
 Adoro a hipocrisia dos franceses em relação a própria língua, nem todo mundo é obrigado a saber falar francês, pra isso eu tenho minha assessora Drag Queen Anitta, ela é trilíngue, e sempre aprendendo.
 Charlie: Achei que você nunca viria, parece que vive presa numa torre com tela de proteção. Minha gatinha. (Esqueci de contar que é uma coisa nossa, do nosso relacionamento tórrido, as provocações constantes).
 Capitu ama isso nele, é bonitinho como ele franze o nariz quando tenta me irritar. 
 Capitu: Meu amor, você está me devendo. Tem uma dívida exorbitante comigo.
 Charlie: Que veux-tu dire?
 Capitu: Por favor fala comigo em português.
 Charlie: Você sabe que eu não falo muito bem...
 Capitu: Bom, tanto faz, sabe quantos dias eu trabalhei em Brasília elaborando novas leis ambientais, estressada e sempre preocupada com os seus passeios por aí? Você está me traindo?
 Eu esqueci de dizer que Meu Amado, é constantemente perseguido pela sua ex. Rafaela Chateubriand, uma atriz de quinta categoria que jé teve um affair com ele. Eu não posso me ausentar nos meus afazeres governamentais que essa mocinha cheia de ilusões tenta se reaproximar dele... Ela adora viajar e viajar por aí visitando restaurantes, adivinha com quem? Pedro Gregório, seu marido, e um dos meus estalkers. Que duplinha insuportável e cafona, se é pra só visitar os restaurantes nem é necessário sair do Brasil. O que mais tem no meu Brasil é restaurante. 
 Charlie: Tô ocupado com meu trabalho, não tenho tempo para o passado. (E riu balançando os cabelinhos esverdeados, porque assim como eu ele se acha o máximo) Mas que dívidas são essas que eu tenho com você?
 Nesse momento Azrael, nosso filho, que diga-se de passagem é um pequeno endiabrado, herdou as orelhas de Dumbo do pai, e qualquer oportunidade que ele tenha de imitar os trejeitos do papi ele usa, porque sabe que isso o irrita. Saiu de dentro do jato saltitando.
 Azrael: Pai me dá a câmera.
 Charlie: Agora não tô conversando com a sua mãe.
 Azrael: AGORA NÃO TÔ CONVERSANDO COM A SUA MÃE. (Numa altura tão grande, que fez todos que se reuniram ali pra falar sobre a vida dos outros, dar risada).
 Capitu: Para Azrael! Eu não gosto de imitações em casa.
 Azrael: Mas a gente não tá me casa.
 Capitu: Minha casa é o universo.
 Azrael fez aquele sinal típico usando a mão direita e apontando para a orelha, como se dissesse a você Charlie meu amante cruel, "mamãe é louca". Charlie riu e deu a câmera para ele. Nós sempre fomos um casal que atraí muitas multidões, eu Capitu que sou muito famosa no mundo inteiro, pois todos gostam de falar mau de políticos, sou como a figura de Cristo no meu país, existe alguém mais seduzente e admirado do que o filho de Deus? Meu pai Machado de Capitolina, que teve grande carreira na política, ao mesmo tempo que é admirado no meu país também assusta a classe mais rica. A burguesia treme ao som dos discursos longos e cheios de enfase de papai. Meu pai Joaquim sempre foi e sempre será, apesar dos seus 60 anos, segue firme e forte, se aposentou dos cargos públicos mas mantém ainda uma aparência muito jovial, a pele negra e a barba branca dá a ele um contraste de respeito, uma figura que amedronta. Ele criou  uma bolha invisível em volta de seu eleitorado. Papai noel? Papai de Capitu e só de Capitu, nascido e criada no Rio de Janeiro. Mas meu pai, são muitas outras histórias.
 Se Capitu se assemelha a figura de Cristo, Charlie é minha Maria Madalena. Uma princesa, cheio dos bons modos, e de alta linhagem. Tem cheiro de morango com baunilha, e os lábios sempre tão cor de pitanga... Sinto arrepios só de observá-lo. Quero me hospedar em um hotel discreto em Paris com ele. Azrael vai ter Anitta como babá, e eu e Charlie poderemos nos chamar um pelo nome do outro na nossa alcova nupcial. Não é romântico? Mas os deveres de estado e as Rafaelas sempre se fazendo de solícitas e vítimas da sociedade me impedem... Nas fotos aparecemos de mãos dadas olhando carinhosamente um para o outro, enquanto Azrael depredava as flores do palácio... Esse menino não tem limites.
 Capitu tem a sensação que todos os seus interesses pessoais e familiares são abertos a TV para um grande público voraz. Nas novelas é quase que uma lei pegá-la para Cristo, e dividir seu corpo em vários pedaços, só essa semana já perdeu uma fábrica de bolos, foi ameaçada de morte, e esfaqueada por uma sócia empresária. As Rafaelas e os Pedros seguem hackiando a matriz. Charlie meu amor, você vai me deixar ficando velha e louca? Sempre esperando por nossos encontros hiper realistas?